sábado, 12 de fevereiro de 2011

Patagonia Chilena - Puerto Montt, Torres del Paine e Punta Arenas

20º dia - 26/11/2010 – sexta

Dia de nos despedir da Srª. Erika e nossos amigos peruanos pediram que a Erika os chamassem quando fossemos tomar café da manhã, só para podermos papear mais um pouco, adoramos essa demonstração de carinho ...
Seguimos para Puerto Montt para embarcar no navio da empressa Navimag em direção a Puerto Natales. Puerto Natales é a cidade de entrada para Torres del Paine. Já Puerto Montt é a porta de entrada da patagônia chilena e dessa cidade parte nosso navio, foram 3 dias e meio no navio.
Em minhas pesquisas eu ouvi relatos de que se tratava de uma viagem linda e inesquecível, que ganha muitos pontos em relação à viagem de ônibus. Após ter realizado a viagem cheguei a conclusão de que se compararmos a viagem de navio e percorrer 3.000km de ônibus, acredito que realmente seja melhor o navio, mas sem sombra de dúvida eu ainda prefiro o avião. Não sei se meu erro foi ter criado expectativas, mas a viagem de navio achei a pior parte da viagem, pois são 3 dias e meio comendo, bebendo, jogando buraco e dormindo. Não tem nada para fazer dentro do navio, além de comer e ler. Só pra ter uma idéia: o filme que eles passaram a noite no segundo dia de viagem foi “O mágico de OZ”, e acreditem .. eu só vi 1 criança embarcando ... No segundo dia o navio entra em mar aberto, começa a balançar ...balançar .... ou seja, eu que só comia e bebia, já nem podia comer ...rs...rs... passei o dia inteiro dentro da cabine e quando levantava era só para ir ao banheiro ...  A melhor parte da viagem, e única, acontece no terceiro dia quando chegamos bem perto de um enorme glacial, o glacial Pio XI. Enfim, passar 3 dias e meio dentro de um navio, pagando U$980 dólares, só pra ver um glacial ... pra mim é furada. Além disso, choveu quase toda a viagem, ou seja, não dava nem para ficar na área aberta do navio. Se tivesse que voltar, com certeza optaria pelo avião.
21º dia - 27/11/2010 - sábado - 2º dia  navio
Glacial Pio XI
22º dia - 28/11/2010 - domingo - 3º dia -navio


Principais Gastos:
Long neck no barco: $1.800
23º dia - 29/11/2010 - segunda
Chegamos por volta das 11h.em Puerto Natales. A cidade é pequena e não oferece nada de especial, aproveitamos o dia para comprar mantimentos, alugar os equipamentos e comprar as passagens para o parque Torres del Paine, quanto ao aluguel de materias vale a pena uma pesquisa de preso, já em relação a passagem de ônibus os horários e os preços são os mesmos, fechamos em uma agências que nos deu 20% de desconto no aluguel se comprassemos as passagem com ela. Aproveitamos o tempo livre e compramos as passagens para nosso último destino, Punta Arenas, na viação Buses Fernándes, http://busesfernandez.com/,pois nos foi informado que até 2horas antes da data marcada poderíamos trocar os bilhetes sem nenhuma taxa.
Enfim essa tarde ficou por conta dos preparativos...
Principais gastos:
Transporte Puerto Varas x Puerto Mont: $1.400
Viagem de navio em cabine quadrupla: U$ 980 dólares
Aluguel equipamentos (barraca, 2 calças para chuva, 1 capa de chuva, kit talheres, gás, fogareiro para 3 dias no parque):$17.000
Hostal Lily Patagonicos: $16.000

24º dia - 30/11/2010 - terça
Ponto de partida da trilha do glacial Grey
Acordamos cedo, tomamos café e ficamos aguardando o ônibus passar no hostal, por volta das 7h30 já estávamos no ônibus. O ônibus sai bem cedo em direção ao parque, depois de uns 40 minutos faz uma parada em uma lanchonete no meio da estrada, para os esquecidos comprar alguma coisa, quase ninguém desce do ônibus, mas quem desceu teve que enfrentar um vento monstruoso, ficamos observando quem desceu lutar contra o vento para conseguir voltar da lanchonete, o vento estava tão forte que balançava o ônibus ...rs...rs
Em Torres del Paine (site oficial http://pntp.cl/) você pode começar sua aventura por dois caminhos, pela portaria da Laguna Amarga ou pelo Lago Pehoé. Optamos por começar pelo lago Pehoé. Chegando ao parque por volta das 9h30min, todos descem do ônibus para pagar a entrada e receber o mapa com as trilhas. Quem começa pela Laguna Amarga tem que pegar uma van daqui até o hotel Torres ou se preferir caminhar 7km em uma estrada sem atrativos ... Como optamos por começar pelo lago Pehoé, retornamos ao ônibus e seguimos por mais uns 30 minutos aproximadamente até a portaria Pudeto. Aguardamos uns 20 minutos até a saída do barco que nos levaria até o refúgio Lago Pehoé, o barco balança um pouco, mas é tranquilo, são 30 minutos de barco. Chegando ao refúgio Pehoé, montamos a barraca, preparamos o lanche e pé na trilha, pois hoje era o dia de conhecer o glacial Grey. Começamos nossa caminhada por volta de meio dia, nesse dia caminhamos por aproximadamente umas 3h, por um trilha tranquila, fomos até o 2º mirante do Glacial Grey, mas como ventava muito, começou a chover e percebemos que algumas pessoas começaram a retornar daquele ponto, resolvemos voltar.
Glacial Grey

No acampamento tomamos um gostoso banho quente, preparamos nosso jantar, ainda era cedo quando resolvemos ir deitar. Esse primeiro acampamento é bem organizado, tem uma cozinha coletiva fechada com água quente para lavar a louça, onde se pode cozinhar, as barracas são montadas em um lugar arejado e aos pés de uma enorme montanha coberta de neve e bem próximo podemos ver o lago Pehoé, de uma cor verde esmeralda, simplesmente linda. Quem não tiver disposição para acampar e quiser pode pagar U$40 dólares para dormir em um dos quartos coletivos do refúgio, essa é a média de preço dos refúgios, mas não pense que é só chegar e pagar por um quarto, se não tiver reserva você nem precisa tentar.
Principais gastos:
Entrada parque: $30.000
Transporte Puerto Natales x Torres del Paine (ida e vota): $30.000
Barco: $22.000
24º dia – 01/12/2010 - quarta
Acordamos cedo e apesar de ter chovido a noite toda não passamos frio, dormimos bem quentinhos, estávamos com 2 sacos de dormir para –15º, que são de casal, ou seja, eu juntava e ficava um grande saco de dormir.
O dia não amanheceu muito limpo, mas começamos e nos preparar, tomamos café e quando fomos desmontar a barraca começou a chover granizo, ai a correria foi geral. Esperamos um pouco para ver se o tempo melhorava um pouco e como vimos que todos estavam indo, resolvemos seguir viagem. Todos seguem em fila indiana em uma trilha um pouco estreita. Esse primeiro trecho, Pehoé até o acampamento Italiano são de 7,6km, e mesmo embaixo de chuva e vento conseguimos percorrer em 2 horas. O acampamento Italiano é um acampamento público, escuro, muito úmido, pois além de ser entre arvores bem fechadas, fica na beira do rio. Aqui tínhamos que decidir se íamos ao Vale do Francês ou seguiríamos até los Cuernos. Percebi que tinha um grupo com guia e resolvi perguntar se era aconselhável ir até o vale do Francês. A guia disse que tinha muito gelo na trilha, além de não se conseguir ver quase nada, pois o tempo também estava muito nublado e que eles seguiriam para Los Cuernos. Decidimos fazer o mesmo e voltamos para a trilha.
Los Cuernos
Do acampamento Italiano até Los Cuernos são mais 5,5 km que percorremos em 2 horas. Chegamos em Los Cuernos por volta das 14h, aqui também tem um refúgio e área para camping pago. O camping aqui também me pareceu um pouco úmido, porém menos que o Italiano, acho que isso ocorre porque os dois campings são as margens do rio. Los Cuernos são uns pontões gigantes com neve que tem ninhos de inúmeros condor que ficam voando ao seu redor
O dia continuava nublado e agora tínhamos que fazer uma nova escolha, seguir viagem ou acampar em Los Cuernos, até o próximo acampamento eram mais 11km. Lanchamos, tomamos um chocolate quente, perguntamos, a mesma guia, se era possível e decidimos seguir viagem. Quando saímos de Los Cuernos era por volta de 15h e a previsão era de mais 4h30 de caminhada pelo mapa, mas como já havíamos caminhado por 4h com as mochilas, sabíamos que íamos levar mais tempo para percorrer os 11km, mas levando em consideração que só escurece depois das 21h30, sabíamos que era possível chegar em Las Torres com o dia claro. Então decidimos seguir viagem ... e como já estávamos !$%#$%#% seguimos viagem parando para tirar foto, brincando, enfim fomos curtindo a caminhada ...rsrsrs
Lago Nordenskjol e lago Sarmiento ao fundo.

E que caminhada .... naquele dia vivemos todas as estações do ano em um dia só ... sol, chuva de granizo, vento, o clima aqui é muito louco. Na trilha você sobe e desce com uma grande freqüência, mas nada impossível de fazer e a todo tempo você terá como incentivo a bela vista do lago Nordenskjol e em alguns momentos você consegue até ver o lago Sarmiento ao fundo. As paisagens são incríveis.
Chegamos ao acampamento Las Torres por volta das 20h30, foram 5h30 de caminhada, estávamos exaustos e dispostos a pagar até U$100 dólares por uma cama quentinha. Fomos direto para o alojamento e como eu havia dito antes ... sem reserva ... sem chance ... estava lotado !!! Depois de caminhar 24km por quase 10h, nossa única alternativa era ir para o camping, montar a barraca, preparar o jantar e desmaiar ...rs...rs... pelo menos no camping tinha banho quente. Aqui não tinha um lugar fechado para prepararmos a comida, mas na área das barracas tinham várias mesas com bancos de madeira. Preparamos o jantar rápido, comemos e apagamos, mas antes de apagar tínhamos que encontrar uma posição pra dormir, pois tudo em nosso corpo doía, acho que até para piscar os olhos doía ...kkkk.

Principais Gastos:
Camping: $8.000

25º dia – 02/12/2010 - quinta

Acordamos cedo, tomamos café, desmontamos a barraca e fomos guardar no refúgio as mochilas, pois hoje seria o nosso último dia no parque e queríamos deixar tudo preparado para quando voltássemos das torres. Achamos que por ter ficado no camping do refúgio teríamos ao menos direito de guardar as coisas, que nada, eles cobram por bolsa para guardar, não sabíamos, mas podíamos ter deixado apenas a barraca montada com as coisas dentro arumadas e só desmontar na hora de voltar que não pagaríamos nada.
Guardamos as bolsas e seguimos em direção a Torres del Paine, são 9,5 km, mais agora a trilha é muito mais difícil (foto ao lado), as subidas são mais íngremes e nos últimos 40 minutos de caminhada temos que subir um despenhadeiro que não conseguimos ver o fim, conseguimos ter uma noção do que falta, quando vemos as pessoas pequenininhas lá em cima ... no meio do caminho eu ia desistir, quando Alex disse que não, que já tínhamos andado até ali e tínhamos que continuar ... respirei e continuei, mas quando já estava lá em cima, começou a ventar muito e na trilha tinha muito gelo, tínhamos que pisar nas pedras para não escorregar e para piorar tinham algumas pedras soltas, e tudo isso sem um corrimão, sem nada, eu caminhava praticamente de quatro, tentando me segurar. Quando olhei para o despenhadeiro, eu só pensei ... “se eu cair aqui não vai sobrar nada, serei só mais uma turista louca que despencou” Enquanto eu tentava tomar coragem, outras pessoas passavam pela gente. Então tomei coragem e disse ... se eles conseguem eu também vou conseguir. Seguimos um pouco mais na trilha e enfim chegamos a Torres del Paine (foto ao lado), as torres que dão nome a esse parque incrível. Nosso sacrifício foi recompensado, o céu estava com poucas nuvens e conseguimos ver as torres, muitos passam por todo esse sacrifício e quando chegam lá não conseguem ver nada. Na volta nós não éramos apenas um caco, éramos muiiiiitos cacos .... mas éramos cacos maravilhados!!!!
Pegamos uma van enfrente ao Alojamento Las Torres que nos levou até os ônibus que levam até Puerto Natales.
Torres del Paine
Chegamos a Puerto Natales por volta de 20h. devolvemos os equipamentos alugados e fomos para o hostel sem saber se teria vaga, pois como tínhamos adiantado 1 dia, nossa reserva era para o dia seguinte. Mas uma vez não tinha vaga, pedi para que a atendente do hostal indicasse outro hostal, ela vez 1 ligação e conseguiu. Esse hostal acho que se chamava Hostal Patagônicos, mas eu não indico, suas instalações são muito precárias, os donos eram até muito atenciosos e simpáticos, tinha até um argentino por lá que morou no Brasil e falava muito bem português, mas eu só não fui procurar outro, porque seria apenas por uma noite e estávamos exaustos.

Principais Gastos:
Coca-cola no refúgio: $2.000
Chocolate quente no refúgio:$1.500
Guarda volumes por bolsa: $1.000
Van: $5.000
Hostal Patagonicos: $12.000

26º dia – 03/12/2010 - sexta
Acordamos cedo e logo após o café pedimos um taxi e fomos até o terminal de ônibus para seguir em direção a Punta Arenas. De Puerto Natales até Punta Arenas são 3 horas de viagem e o ônibus passa no aeroporto, quem quiser pode descer no aeroporto. Em Punta Arenas não tíamos reserva e enquanto eu dava uma volta no quarteirão, Alex ficou com as bagagens no terminal de ônibus. Não foi difícil, no mesmo quarteirão encontrei o Condor Hotel, normalmente o hostal é uma opção mais econômica, mas como seria apenas uma diária, ficamos por ali mesmo. Como era por volta de 12h o quarto ainda não estava limpo, deixamos nossas coisas no hotel e tínhamos que escolher entre ir a uma pinguinera ou as compras na zona franca. Optamos pelas compras !! A zona franca é super fácil de chegar, tem ônibus toda hora que leva até lá, ela é enorme, vários galpões, supermercados que vendem de tudo. Voltamos para o hotel só a noite e cheios de sacolas ...rs..rs...

Principais Gastos:
Taxi em Puerto Natales: $1.000
Hotel Condor:  diária casal $36.000
Ônibus até zona franca: $500
Taxi da zona franca até hotel: $2.000
27º dia – 04/12/2010 - sábado
Hoje tiramos para dar uma volta na cidade de Punta Arenas pela manhã. A cidade não é grande, andamos pela principal, com várias lojas, vimos um pouco de artesanato nas praças, almoçamos e por voltas das 14h. seguimos em direção ao aeroporto, pois hoje era o nosso último dia férias ... hoje começava a peregrinação de volta pra casa ...kkkkkk Como dizem ... tudo que é bom, dura pouco!
Um abraço a todos e até a próxima viagem !

Principais Gastos:
Taxi até o aeroporto: $6.000
Almoço: $11.800

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Puerto Varas e arredores ...

16 ºdia - 22/11/2010 – segunda
Puerto Varas
Logo pela manhã seguimos para Puerto Varas, a viagem tem duração de 4h40. Chegamos a Puerto Varas no início da tarde, pegamos um taxi até nosso hostal e assim que o carro parou, uma senhora, de baixa estatura, gordinha e com um rosto muito amável veio nos receber: e logo falou “Alessandra e Alex”, era a Sr. Erika. Gostamos dela logo de cara e não podia ser diferente, sempre com um sorriso largo, dando altas dicas do que podíamos fazer ser agência. Nosso quarto tinha uma vista incrível do vulcão Osorno. E o café da manhã ....  era servido em uma grande mesa na sala, pães, leite, queijo, presunto, geléias feitas pela D. Erika, tortas maravilhosas. Teve um dia que ela fez uma  geléia de um frutinha típica da região, Alex comeu o pote todo ... kkkk Passávamos algumas horas naquela mesa, nos deliciando e de papo com D. Erika e os demais hospedes, pois todos sentavam na grande mesa. Conhecemos um casal de chileno que estavam comemorando 20 anos de casados e um casal de peruanos que estavam no mesmo hostal que a gente em Pucón.

Perto Varas
Após devidamente alojados, fomos fazer um tour pela cidade e aproveitar para contratar a subida no vulcão Osorno. O city tour pode ser feito a pé em um par de horas, sem ajuda de agencia. Basicamente arquitetônico, vemos que todas as casas têm o mesmo estilo e feitas de madeira. Como o inverno é frio, todas são muito bem calefadas, com o sistema de forno/lareira a lenha. Podemos ver a igreja, construída em 1915 e restaurada em 2004, a orla e as 2, 3 paralelas cheias de lojas, restaurantes e um comércio de artesanato. Prepare o casaco, e curta o clima da Patagônia.
Em Puerto Varas encontramos, uma forte influência alemã, e contrastando com o Atacama, estamos numa região com lagos em abundância, muito verde e florestas. Puerto Varas também é conhecida como a cidade das rosas, pela grande quantidade plantada em suas ruas. Possui uma arquitetura característica alemã, jardins bem cuidados, e os vulcões Osorno e Calbuco emolduram a paisagem no horizonte. Durante o verão é um balneário que atrai muitos turistas devidos aos esportes aquáticos e as praias que se formam a beira do enorme Lago Llanquihue. O centro dedicado ao turista fica na orla e é bem prestativo dando informações, folhetos e indicando o que fazer durante a sua visita. Planeje 3 dias inteiros para ficar aqui, tempo suficiente para percorrer as outras 4 pequenas cidades a beira do lago, conhecer o Vulcão Osorno e os Saltos de Petrohué. O Casino Enjoy, sempre aberto, é um convite a diversão noturna juntamente com pubs e bares que ficam próximo.

Principais gastos:
Ônibus Pucón x Puerto Varas: $14.000
Taxi terminal rodoviário x hostal Erika: $1.500
Hostal Erika: $25.000 diária casal com café da manhã (se algum dia voltar ficarei lá)
www.hostalerika.cl

17º dia - 23/11/2010 – terça

O dia ficou por conta do passeio ao Vulcão Osorno - Caso queira fazer por conta este tour, você terá que alugar um carro, pois os ônibus públicos não chegam até o meio do vulcão, que é a entrada da estação de esqui. Caso contrário, faça o tour de meio dia em uma agência
Saindo de Puerto Varas, percorremos o Lago Llanquihue pelo lado direito por mais ou menos 1h. Passamos pelo colégio alemão, muito bonito e de arquitetura bem típica, e seguimos rumo ao vulcão. No caminho diversas 'Cabañas' - mini pousadas para o verão, movimentadíssimo à beira do lago. O Osorno é considerado o 2o. "mais vulcão" do mundo, tudo por causa da sua forma cônica perfeita. Este vulcão está "dormindo", isto é, há atividade, mas não há sinais de fumaça ou algo do tipo; sua cratera superior está coberta por uma geleira, a chamada neve eterna, mas em sua volta existem outras 40 mini crateras, algumas da pra ver a partir da estrada que nos leva à estação de esqui. A estrada, que começa na entrada do Parque Nacional Vicente Lopez, o mais antigo do Chile datado de 1905, nos traz uma paisagem cada vez que avançamos na altitude. A terra é vulcânica, e por ser assim é rica de minerais o que a faz cheia de minerais, por isso, o verde tão abundante, característica do ano inteiro. Pode ser inverno rigoroso, o verde sempre impera! Chegando na estação de esqui, você já está no meio do vulcão! Existe um teleférico, que é pago a parte $ 8000 (U$15 x 2 = U$30) que leva até a 2a. base, aqui mais uma vez o tempo não ajudou, e como tinha muita nuvem no meio do vulcão, não valia a pena ir de teleférico até a 2ª base, não íamos conseguir ver nada. Alex ainda se aventurou e caminhou um pouco na neve, eu preferi ficar no café tomando meu chocolate quente, que era cortesia da Turistour ..rs
Principais gastos
Passeio Vulcão Osorno: 32.000 pela Turistour

18º dia - 24/11/2010 – quarta

Hoje fomos conhecer os Saltos de Petrohue e Lago Todos os Santos. Os 2 lugares não estão juntos. Eu recomendo ir primeiro ao Lago Todos os Santos e depois aos Saltos, e ai retornar a Puerto Varas; tudo porque fazendo nessa ordem, você estará fazendo do mais longe para o mais perto. Os mini-bus saem da 'Calle San Bernardo', 3 quadras da praça principal do cassino. Partem de 30 em 30 minutos e você deve perguntar se eles vão até o Lago Todos os Santos. Fazemos o mesmo caminho do tour anterior, do vulcão, porém não viramos a direita para subir, e sim seguimos reto. Esta é a estrada internacional, pois o Lago Todos os Santos é o ponto de partida para o Cruce de Lagos com destino a Bariloche (Argentina). No fim desta estrada, no ponto final do ônibus, está o lago de um verde-esmeralda inconfundível e verdadeiro. Há alguns barcos na beira do lago que cobram cerca de $3000 (U$6) por pessoa para uma volta de +/- 20 min. não posso dizer se esse passeio de barco é bom porque não fizemos. Demos uma volta pelo lago, tiramos algumas fotos e pegamos o ônibus novamente, agora para ir aos Saltos. Alex pensou em voltar a pé, mas achei melhor não, pois são cerca de 6 km, sem muitos atrativos e nos Saltos já íamos fazer uma pequena trilha
Trilha beira rio nos Saltos
 Pagamos a entrada dos Saltos ($1200 - U$2,40 x 2 =U$ 4,80), e as trilhas, três no total, são tranquilas e muito bem sinalizadas. As trilhas que beiram o rio, duas, são bem legais, agora a outra trilha que é no meio da mata com várias placas contando a história das árvores e plantas é muito sem graça, depois de tanto andar e não chegar a lugar nenhum, pensei que ia ter que voltar tudo, mas pelo menos isso não foi preciso, pois no final da trilha elas se encontravam e você consegue sair na trilha principal.


Saltos de Petrohué

Os Saltos são pequenas cataratas, com a água do Lago Todos os Santos. Uma beleza única com o Vulcão Osorno de coadjuvante ao fundo

Quando terminamos as trilhas dos Saltos ainda estava cedo e resolvemos ir até a Laguna Verde que fica logo no início da subida do vulcão Osorno, Pegamos o ônibus em frente aos Saltos e descemos no trevo, andamos uns 200 metros. Aproveitamos para lanchar e logo apareceu companhia

O penetra do lanche ...rs














Na volta voltamos ao trevo e pegamos outro ônibus até Puerto Varas. Não sei porque, mas nesse último trajeto  na soma dos valores, ficou mais barato descer para conhecer a Laguna Verde do que vir direto de Saltos até Perto Varas ...

Principais gastos:
Total ônibus: $9.000
Entrada Saltos: $2.400

Lago de Frutillar
 19º dia - 25/11/2010 – quinta
Hoje optamos por conhecer o distrito de Frutillar, também fizemos por conta e o mini-bus sai de vários pontos, tem letreiro "Frutillar". O ônibus faz o trajeto oposto ao do vulcão e saltos, entra na cidade de Llanquihue, mas é bem simples. Depois chega em Frutillar, +/- 40 min de Puerto Varas. Cidadezinha pacata no inverno e movimentada no verão, Frutillar é dividida em duas: Frutillar Alto, onde mora a população local e Frutillar Bajo, onde estão as casas de veraneio, hotéis e o agito. Tipicamente alemã, Frutillar é um pedaço da Alemanha no sul do Chile. Tudo remete a arquitetura alemã: a prefeitura, a escola, as casas. Uma avenida costeira lindíssima, muito florida com várias figuras de música, pois é a cidade de um famoso festival de música que ocorre durante o verão.
 


 Na rua paralela encontramos o museu da colonização, com fotos e casas-réplicas da época da colonização alemã, com muitos objetos e lifestyle da época.
Mercado Angelmo - Puerto Montt

Curanto - prato típico chileno
Após a visitação ao museu encontramos o casal chileno que estava no hostal, eles nos convidaram para ir até Puerto Montt, aceitamos e aproveitamos para conhecer e almoçar no famoso Mercado de Peixe Angelmo, Alex não teve coragem, mas eu experimentei o famoso “curanto” prato típico com frango, lingüiça, ostras com concha e tudo e uma massa de batata ... eu posso dizer que é um prato diferente ....

Principais gastos:
Transporte até Frutillar: $ 3.000
Entrada museu Frutillar: $ 4.000
 
Próximo post Torres del Paine ..

Púcon

13º dia - 19/11/2010 – sexta-feira

De Santiago até Púcon são 806 km - 15 h aproximadamente de viagem.
Chegamos em Pucón pela manhã. Pucón é uma cidade perfeita, para o descanso, a diversão e atividades ao ar livre! Pucón resume tudo o que você pode imaginar e experimentar como novo. Não da pra dizer quantos dias você tem que ficar lá, o mínimo seriam uns 3 dias para você conhecer a região e escalar o vulcão, aumente mais uns 2 se for esquiar, aumente mais 1 se você quer passear pela cidade sem rumo, aumente .... A cidade não é grande, tem uma avenida principal, e outras cinco ou seis ruas importantes; mas tudo gira em torno da O´Higgins: supermercado, lojas, agencia de turismo, restaurantes e bancos. Nela está também a prefeitura, toda em estilo colonial, e o famoso farol de atividade vulcânica, pois não podemos esquecer que o Vulcão Villarrica ainda está ativo e Pucón está numa área de risco, em caso de uma erupção.
No quesito lazer, Pucón traz inúmeras opções como tirolesas, caminhadas em parques, cachoeiras, termas de águas vulcânicas, rafting e o mais empolgante, a escalada até o cume do Vulcão Villarica. Infelizmente o tempo não ajudou nossa estada em Púcon, nos três dias em que lá permanecemos o tempo ficou chuvoso, era impossível fazer a escalada até o cume do vulcão. Mesmo assim procuramos aproveitar.
O terminal rodoviário ficava bem próximo ao hostal, nos instalamos e no próprio hostal o simpático Marcelo (um dos donos do hostal) nos indicou um passeio possível para aquele dia, visita a alguns parques com pequenas trilhas e ao final visita a uma das várias termas que existem na região. Valeu a pena esse passeio, pois as entradas nos parques e nas termas se somadas seriam mais caras que o valor pago pelo passeio, onde já estava incluso as entradas. 

A noite depois de um relaxante banho nas termas de Pucón só nos restava jantar e dormir !!!! Mais uma vez seguimos a orientação do Marcelo e fomos jantar no Restaurante 77, comida maravilhosa e por um preço justo, o salmão deles é delicioso.

Principais Gastos:
Passeio Termas $36.000
Chocolate quente nas termas: $3.000
Pucón Hostal $20.000 diária casal com café-da-manhã (quarto com banheiro novos, aconchegantes, com boa calefação, sem tv)
www.puconhostelchile.com
Ônibus: Santiago x Púcon $18.000
14º dia - 20/11/2010 – sábado

Parque Nacional Huerquehue
O tempo ainda não estava bom, mas preparamos as capas de chuva e fomos tentar percorrer as trilhas do Parque Nacional Huerquehue, o parque fica a 35 km de Pucón. Nos seus 12.5000 hectares conta com lagos, riachos e lagoas, como a de Tinquilco, um dos locais mais belos da região. Esse passeio pode ser realizado sem guia. Embarcamos em um mini-ônibus num pequeno terminal em frente ao terminal da JAC (empresa intermunicipal), em algumas horas estávamos em frente a portaria de entrada do parque. Pagamos a entrada e lá fomos nós .... no início era apenas um poeira de chuva enquanto subíamos, depois de umas 2 horas de caminhada sem chegar ao final da trilha e com a chuva aumentando, Alex já queria voltar. O plano era passar a tarde no parque e eu já tinha andado demais para voltar, consegui convencê-lo a caminhar mais um pouco. Quando estávamos nos lagos, a chuva começou a apertar, e resolvemos descer rápido para tentar pegar o ônibus das 14h que voltava para Pucón, pois o próximo era às 17h. Bem, chegamos na portaria as 14h15, perdemos e tivemos que ficar até às 17h, encharcados e tremendo de frio .... Alex queria me matar, mas até eu queria me matar ...kkkk O parque deve ser incrível em um belo dia ensolarado ... Fica pra próxima...

Principais gastos:
Entrada parque e ônibus: $14.800

15º dia - 21/11/2010 - domingo

Último dia em Púcon, o tempo amanheceu nublado e depois da furada do dia anterior resolvemos não ariscar. Passeamos pela cidade que é altamente planejada para o turismo. Ruas limpas, povo educado e uma arquitetura colonial muito bonita. O City Tour na cidade pode ser feito a pé mesmo... Andar a O´Higgins inteira não leva mais de 10 minutos, depois chega-se a praia (sim, ha uma praia de terras vulcânicas a beira do lago) que tem 2 estátuas de Mapuches, índios que habitavam a região e o Chile na época do descobrimento. Uma volta mais chegamos ao Cassino e ao resort que fica bem ao lado; ali é o quarteirão-rico, com belíssimas casas de vizinhança invejável.
Na parte da tarde como o tempo estava chuvoso resolvemos comprar cartas e ficar no hostal jogando buraco e comendo queijo, salame, acompanhados de um bom vinho chileno ... Férias em ritmo de férias !

16 ºdia - 22/11/2010 – segunda

Vulcão Villarica
Dia de seguir viagem para Puerto Varas e como não podia ser diferente, hoje o dia amanheceu limpo ...rs..rs... Enfim conseguimos ver a vista que tiamos do quarto e pela primeira vez vimos o vulcão Villarica

A viagem continua no próximo post em direção a charmosa Puerto Varas ....

Salar de Yuni - Bolívia

Salar de Uyuni - Bolívia - O maior deserto de sal do mundo ...

9º dia – 15/11/2010 – segunda-feira
Hoje vamos entrar no Salar de Uyuni a maior superfície plana de sal do mundo. Foram 4 dias e 3 noites no deserto, 6 pessoas em um jipe, com todas as estadas e refeições incluídas. Existem algumas coisas que são indispensáveis para quem vai se aventurar pelo salar, nós levamos: 2 garrafões de 5 litros para beber, 1 garrafão de 5l de água da torneira que pegamos no hotel, só para escovar os dentes e lavar o rosto (pode ter certeza que você vai precisar, pois tem lugares onde você vai preferir nem tocar na água), papel higiênico, lenço umedecido (essencial, pois em alguns dias o seu banho se resumirá em lençinhos ...rs...rs), saco de dormir (tenho certeza que aqueles bolivianos não lavam a roupa de cama), remédio para dor de cabeça, óculos de sol, protetor solar, boné, biscoitos, etc...

O ponto de saída é na agência, às 8h saiu o ônibus em direção a fronteira com a Bolívia. Todos descem na fronteira para carimbar a entrada na Bolívia no passaporte, não esqueça da carteira internacional de vacinação contra a febre amarela, não me pediram, mas para o Alex eles pediram. Depois da documentação conferida ficamos aguardando os jipes chegarem. São 6 pessoas por carro, o nosso grupo era composto de 3 holandeses, 1 americano e 2 brasileiros “nós”. O motorista era uma figura, Sr. Gregório, um boliviano de pouco estatura, curtido do sol, de poucas palavras, ele já faz esse percurso a mais de 20 anos, entre levar grupos e trazer, ele fica apenas 1 dia por semana em casa.
Nesse passeio você fica muitas horas dentro do carro, então se quiser ouvir música é bom que você leve, pois o Sr. Gregório tinha apenas 1 fita com umas 5 músicas no máximo, para os 3 dias que íamos viajar com ele, na primeira metade do dia ninguém aguentava mais ouvir aquele “... se me quieres, se me quieres ...” “um motelzinho simples” ou algo assim. Só sei que a música era tão ruim que quando ouvíamos “... se me quieres ...” já começávamos a rir. Acho que o Sr. Gregório não gostou muito, pois no 2º dia ele nem ligou o toca-fitas ...kkkkk
Assim começamos nossa aventura, são praticamente 3 dias de intenso rally, uma experiência incrível.
O asfalto fica para trás e pé na areia! Começando os solavancos pelas “estradas”, uns 20 min a dentro chegamos na entrada do Parque Nacional onde pagamos as entradas em pesos bolivianos, já tenha esse dinheiro reservado. Não perca o bilhete de entrada, pois ele é pedido umas 2 ou 3 vezes até você finalizar o passeio, e se você não estiver com eles, será cobrado novamente.

Laguna Branca
 Fazemos uma parada na Laguna Blanca e na Laguna Verde, águas altiplânicas de cor intensa. A partir daí, flamingos, vicuñas ou llamas farão companhia por todo trajeto. Depois, paramos nas “Termas de Polque”, onde a água está a 38ºC e quem quiser pode se banhar (não se esqueça de deixar a roupa de banho na mochila de mão, pois as malas estarão na lona em cima do carro); quem não se banhar, pode aproveitar a paisagem inóspita que cerca o lugar. Última parada do dia são os “Geysers Sol de la Manãna”, que devido ao horário já estavam com pouca atividade, mas se consegue ver as borbulhas de lama, mega aquecidas com a lava vulcânica, porém o cheiro não é nada agradável. No final do dia chegamos ao nosso primeiro refúgio, muito simples, com quarto e banheiro misto, sem água para tomar
Laguna Verde
 banho ou dar descarga, a água fica em um galão na entrada do banheiro, temos que pegar a água com um balde para poder usar. Eles avisam que o jantar será às 19h, mas ninguém avisa que entre o Chile e a Bolívia, pelo menos no horário de verão, tem uma diferença de 1hora para menos, ou seja, se você não atualizar o relógio vai ficar 1 hora esperando pelo jantar, em um frio tremendo. Aqui também a altitude incomoda muito, estavamos a mais de 4.200msnm, eu e Alex chegamos ao refúgio com a cabeça explodindo, além de ser a noite mais fria. Nós estavamos com sacos de dormir para -15graus e foi super tranquilo. 

Pirncipais Gastos:
Entrada Salar Uyuni: U$ 52 dólares

10º dia - 16/11/2010 - terça-feira

Laguna Colorada
É o dia mais cansativo, tudo porque percorremos quase 400 km no deserto. Todos a postos depois do café da manhã. Já estávamos perto da Lagoa Colorada, uma lagoa com um fundo sedimentado de fosseis e com muito mercúrio, que faz com que a água tenha uma coloração que vai do marrom ao laranja. Incrível!!!
 Deserto a dentro, encontramos antigas formações rochosas, esculpidas pelo vento: é a região das “Arboles de Piedra”.

Arboles de Piedra




 A 2ª noite dormimos no hotel de sal; chão, paredes, bancos, cama, tudo é de sal. Finalmente aqui podemos tomar um banho, mas para ter banho quente são 7 bolivianos. O hotel de sal é o mais limpo dos refúgios ou pelo menos passa essa aparência, talvez o fato de tudo ser branco ajude ..rs..rs...


Quarto Hotel de Sal

11º dia - 17/11/2010 – quarta-feira
O Salar de Uyuni

Saindo do Hotel de Sal, estamos a poucos quilômetros do Salar de Uyuni. E ai, preparem os óculos escuros. Entrar no salar é algo impressionante. A vegetação hora verde, hora amarela some, e a imensidão branca toma conta do lugar. Você está no maior salar do planeta, com uma área de 12 mil km². Percorremos o salar pelo meio e quem tiver viajando no verão, terá a chance de vê-lo com uma lâmina d´água de 1cm, fazendo aquela impressão de espelho. No nosso caso, estava seco, tão igual o clima. Paramos na ilha do pescado, pagamos a entrad e percorremos uma pequena trilha pela ilha, vendo e admirando os diversos tipos de cactus, muitos com mais de 6m de altura e crescendo 1cm por ano, outros com 10m já mortos. Na portaria de acesso à ilha, tem uma maquete de todo salar, pra ter uma noção básica do tamanho da criança. Depois, cruzando o salar para o leste, chegamos ao museu de sal, onde antigamente era um hotel, fechado pela vigilância sanitária boliviana (pois coerentemente no meio do salar não teria como ter tanta higiene). Hoje, este lugar é o museu e um barzinho, com uma praça cheia de bandeiras de diversos países. O salar foi um lago imenso que há milhares de anos, secou.
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Depois do salar seguimos em direção a cidade de Uyuni. Antes da entrada da cidade passamos pelo cemitério de trens; do tipo a vapor, foram abandonados há anos ao lado da via férrea que vai até Calama (no Chile). Tempo para fotos no meio da paisagem fria e enferrujada. Chegamos a Uyuni e o pessoal se despede. Como contratamos o retorno ao Chile, estavam incluídos o almoço e o transporte no final da tarde para fazer o caminho de volta. Sobram um bom par de horas para dar uma volta pela cidade, não tem muito o que ver, mas temos que esperar. Ainda tivemos sorte em presenciar uma típica cerimônia de casamento boliviano, eles comprimentam os noivos e colocam confetes brancos em suas cabeças

 Pegamos a estrada de volta a fronteira com o Chile no final da tarde, paramos em um refúgio por volta das 21h., para jantar, se é que pode-se chamar aquilo de jantar, tenho certeza que aquela comida foi a que sobrou da turma do almoço, nossa cota era, um sopa aguada, 1 ovo frito, 2 rodelas de tomate e 2 colheres de arroz. Nossa sorte era que nosso grupo era educado.

12º dia - 17/11/2010 – quinta-feira

Às 4h30 já estamos no carro para seguir viagem. Quando chegamos na fronteira boliviana o ônibus que nos levaria até San Pedro de Atacama estava lotado. Eu já estava exausta, cansada de dormir mal, comer mal, sem tomar banho direito, pois nos 3 dias foi apenas 1 banho e com vôo marcado para aquele dia. Ai já viu, me desesperei e comecei a reclamar, eu reclamava de um lado, enquanto uma outra turista mais desesperada que eu, gritava do outro em francês, acho que tinha deixado os documentos no refúgio. Enfim, disseram que iam dar um jeito, que era para a gente ir carimbar a saída no passaporte. Quando chego na frente do policial da alfandega, ele abre uma gaveta com dinheiro, e diz que temos que pagar 5 bolivianos, era só o que me faltava, ser extorquida por um policial boliviano. Disse que não tinha que pagar nada. Ele perguntou em qual agência estavamos, respondi "Colque", perguntou quantos eramos, talvez para já contabilizar o prejuízo, carimbou nosso passaporte e nos liberou. Encaixaram a gente em outro ônibus, que graças à Deus foi o primeiro a chegar na alfandega Chilena e nos deixou na porta do hostal, pois tinhamos deixado parte de nossa bagagem lá, para não carregar tudo para o deserto. Enfim, tomamos um banho “decente” e seguimos para o aeroporto.

Salar de Uyuni
O deserto é maravilhoso, paisagens incríveis e inesquecíveis, mas se não tiver disposição, não vá para o Salar de Iyuni, porção boliviana do deserto, fique apenas no deserto na parte chilena. E outra dica que dou é que o Salar de Iyuni deve ser uma passagem, não retorne ao ponto inicial, ou seja, não faça San Pedro de Atacama x Iyuni x San Pedro de Atacama, ou o contrário, pois o retorno é muito exaustivo, chegamos a San Pedro maravilhados, mas no limite ...

De San Pedro de Atacama pegamos um ônibus para a rodoviária de Calama. Na rodoviária aproveitamos para comprar o bilhete de passagem de Santiago para Pucón. Depois seguimos para o aeroporto de Calama. Chegamos no final da tarde no aeroporto de Santiago e do aeroporto pegamos um ônibus da Tur Bus direto para o maior terminal rodoviário de Santiago, de onde sairia nosso ônibus. Não sei dizer se foi bom ou ruim já ter comprado o bilhete de ônibus em Calama, porque tivemos que esperar umas 4 horas até a saída do ônibus. Assim que chegamos perguntamos se podíamos trocar e disseram que daquela companhia o próximo ônibus seria para o nosso horário, porém vimos diversos ônibus de outras companhias indo para Puncón. Enfim se não tivéssemos o bilhete poderíamos ter comprado assim que chegamos. Em contrapartida, a rodoviária estava lotada, será que teria passagem ?? ...rs..rs... Esse terminal tem uma boa praça de alimentação e aproveitamos para fazer um lanche.
Os ônibus de viagem chilenos têm um funcionário além do motorista só para auxiliar os passageiros, uma espécie de “rodo-moço”, ele te entrega o travesseiro, o cobertor, o café-da-manhã, no meu caso aconteceu algo que me deixou encantada com a gentileza do rapaz: eu e Alex estávamos exaustos e nem bem o ônibus começou a andar, eu já estava cochilando, de repente eu despertei assustada e quando vi o “rodo-moço” estava gentilmente me cobrindo com o coberto. Fiquei encantada! Viajamos a noite toda.

Próximo post Pucón ...
Principais gastos:
Ônibus: San Pedro de Atacama x Calama $5.200
Taxi: Calama x Aeroporto $6.000
Ônibus: aeroporto Santiago x Terminal rodoviário $3.400
Pizza aeroporto Calama: $8.900